Havia em Bagdá um mercador que enviou seu criado ao mercado para comprar mantimentos, e logo em seguida o criado voltou, pálido e trêmulo, e disse: Mestre, agora pouco quando estava no mercado levei um esbarrão de uma mulher na multidão, e quando virei vi que era a Morte que tinha esbarrado em mim. Ela me olhou e fez um gesto de ameaça; ora, me empreste seu cavalo e vou partir para longe desta cidade e evitar minha sina. Vou para Samarra, e lá a Morte não me encontrará. O mercador lhe emprestou seu cavalo, e o criado montou nele, cravou as esporas em seus flancos e foi o mais depressa que o cavalo podia galopar. Então o mercador foi até o mercado, me viu parada na multidão, veio até mim e disse: Por que você fez um gesto de ameaça para o meu criado quando o viu hoje de manhã ? Não foi um gesto de ameaça, eu disse, foi só um gesto de surpresa. Fiquei desconcertada ao vê-lo em Bagdá, pois eu tinha um encontro marcado com ele hoje à noite em Samarra.
"Lαdo α lαdo com o desejo de defender α própriα intimidαde, há o desejo intenso de me confessαr em público e não α um pαdre." [Clαrice Lispector]
sábado, 7 de junho de 2014
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