quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Não que eu despreze você. Se eu pensasse em você, eu desprezaria.
Como disse Humphrey Bogart em Casablanca.
Não que eu queira lembrar ou esteja preso a algum passado.
Eu apenas apaguei você, como Jim Carrey em Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças.
Não que, mesmo esquecendo, eu ignore que você exista.
Eu apenas vi o seu rosto deformado, como Penélope Cruz viu o de Tom Cruise em Vanilla Sky (e você também viu o meu) e disse: Na outra vida, quando formos gatos – preferindo deixar para uma outra ocasião.
Ou encarnação.
Não que eu me orgulhe de ser assim. Eu apenas sou. E eu sei quem eu sou.
Como disse Mickey Rourke em Coração Satânico.
Não que você possa esperar só o pior de mim.
Mas é que eu adoro cheiro de *napalm ao amanhecer.
Como disse Robert Duvall em Apocalypse Now.
A grande questão é que a vida não é uma série, com continuação na semana seguinte.
A grande questão é que a vida é mais como um filme.
Começa pelos trailers termina nos créditos. As luzes se acendem. E, finalmente, quando todos vão embora, o faxineiro varre tudo, apaga as lâmpadas e tranca tudo.
Quando olhamos para trás, ao final, parece que foram apenas duas horas. Três, no máximo.
E the end.

*conjunto de líquidos inflamáveis à base de gasolina gelificada, utilizados como armamento militar.

Um comentário:

Jaya Magalhães disse...

Flor, enviei o texto por e-mail, viu? Esse do seu perfil.

(:

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