segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O ponto G.

Ah, o ponto G, esse paraíso secreto que leva os homens a explorações minuciosas.
Tanto trabalho por nada.
Não temos um ponto G, mas dois, um em cada lateral da cabeça, e não é preciso tirar nossa roupa para nos deixar em êxtase.
Falem, rapazes.
Digam tudo o que sentem por nós, assim,assim...assim.
Concordo com a autora de A casa dos espíritos: o melhor afrodisíaco é a declaração de amor.
Não aquelas mecânicas, faladas no piloto automático, mas as verdadeiras, sentidas, aquelas que os homens imaginam que basta serem ditas com o olhar e com as mãos, mas que fazemos questão de escutar, também com a voz.
“Como eu gosto de estar com você, como você é linda, esqueço do tempo ao seu lado, que horas são?
Já? Que me esperem, não consigo desgrudar de você, amor.”
Caetano Veloso vendeu um milhão de cópias do seu último disco e tenho certeza que não foi por causa de “vou me embora, vou me embora, prenda minha...” e sim “ por que você me deixa tão solto, por que você não cola em mim?”
As feministas mais ortodoxas deve estar bufando.
Tanta coisa pra se exigir de um homem: mais espaço na política, mais ajuda em casa, salários iguais e nada de gracinhas no escritório, e vem essa daí clamar palavras!
Pois essa daqui acha tão interessante a idéia de igualdade entre os sexos que adoraria vê-los soltar o verbo como nós fazemos, expressar os sentimentos sem medo de ser piegas, afirmar e reafirmar diariamente como a gente é importante para eles e que saudades estavam do perfume do nosso cabelo.
Clichês em último grau, reconheço, mas quem quer ser moderna nessa hora?
Tudo o que se reivindica é o desbloqueio emocional masculino.
Nossos hormônios saberão como agradecer.

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