segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O que somos

Não somos rotina.
Não imponho presença, não crio situações.
Você veio como presente...embrulho que desfez-se aos poucos e fez-se surpresa.
Maravilhosos momentos que geram uma comparação tão injusta com o cotidiano que tentamos reinventar...à dois.
Fomos poesia, fomos prosa.
Fomos entrega.
Não seremos ironia, não seremos sátira.
Seremos nós mesmos acima de tudo.
Seremos nós...sempre.
Para que eu continue a pensar em ti e vendo os mesmos olhos castanhos que espiavam entre curiosidade e interesse.
Somos as escolhas que fizemos.
Melhor afastar-se um pouco agora, que afastar-nos muito e para sempre.
Não se desfaça de nós...todos os nossos sorrisos foram sinceros.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Eu Aceito

ERA UMA VEZ um lindo casal cheio de planos.
Certo dia ele faz a pergunta esperada: - Quer se casar comigo?
Ela faz uma longa pausa e responde: - Aceito com algumas condições.

Que por mais difícil que tenha sido seu dia, ele fique do lado de fora da nossa casa.
Que você nunca se ache forte, sábio, importante o suficiente a ponto de desprezar minha opinião.
Que após uma briga fervorosa, o sexo supere literalmente em "graus" o teor da briga.
Que em momento algum você menospreze minha TPM.
Que me deixe ajeitar sua roupa, seu cabelo, me ajeitar em seu peito.
Que me deixe comer biscoitos na cama, mesmo ela ficando cheia de farelos que eu só vou limpar pela manhã.
Que me deixe ser seu porto pra onde você corre diante de uma dificuldade.
Que meu amor nunca seja colocado a prova por ciúme idiota.
Que eu possa fazer caretas numa reunião chata do seu trabalho, sem você se irritar por isso.
Que me deixe ser eu mesma com meus defeitos, manias e qualidades.
Que sejamos sinceros, claros, honestos pois sabemos que a mentira é um veneno ministrado em pequenas doses.
Que saibamos que somos livres (ninguém é de ninguém) mas escolhemos ser um do outro agora.

E ELES FORAM FELIZES ...."SEMPRE"

*Postado em seu blog.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Homens que não gostam de mulheres

Não estive presente na São Paulo Fashion Week. Mas li sobre a matéria. Com fascínio. Com horror. Folheando virtualmente a imprensa americana, passei os olhos pela revista "New York" (não confundir com a "The New Yorker") e encontrei fotografia sobre o evento. Corrijo. Fotografia sobre os bastidores do evento.
Espetáculo admirável: meia dúzia de modelos mudando de roupa, oferecendo os corpos despidos a uma câmera fotográfica. Dizer que as modelos são magras é, se me permitem, um eufemismo. Magro sou eu. As modelos são esqueletos mórbidos com a pele dramaticamente colada aos ossos. Só faltam as moscas a rodear estes cadáveres adiados. Ou os abutres.
Os organizadores do evento mostram preocupação. Paulo Borges, por exemplo, fala em medidas urgentes para combater o horror. Mas que medidas? Nos últimos anos, a São Paulo Fashion Week exigiu peso mínimo para evitar donzelas subnutridas. Pelos vistos, as agências e os criadores não ouvem os apelos e continuam a apostar nos esqueletos.
Longe de mim sugerir soluções. Até porque o problema, temo bem, não tem solução. Basta regressar à foto e perguntar, com honestidade possível, se existe algum homem na Terra que sinta genuína atração por mulheres que são espectros de mulheres.
Não creio. Nas modelos da São Paulo fashion Week não existe qualquer sombra beleza; não existem as curvas e contracurvas por onde desliza a imaginação. Qualquer homem que goste de mulheres, confrontado com estas mulheres, não sente a vontade inevitável de as despir. Pelo contrário: sente o pudor paternalista e humanitário de as vestir. De as nutrir. E, em certos casos, de mandar chamar o cangalheiro.
A anorexia que sacode o mundo da moda não se explica por uma busca extrema de "elegância" ou "perfeição". Na moda de hoje, não existe "elegância" ou "perfeição" no sentido clássico dos termos. Porque não existe sentido de "harmonia" ou de "proporção".
O que existe é um meio dominado por agências ou criadores que não gostam de mulheres. Agências ou criadores que desfiguram e ridicularizam as mulheres porque abominam nelas tudo aquilo que é deliciosamente sensual e feminino.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Restart from the last checkpoint ?

DOMINGO, 8 DE AGOSTO DE 2010


Restart from the last checkpoint ?

Voltei a jogar video-game. Engraçado, faz tanto tempo q não jogava q nem sei mesmo se ainda se chama de "video-game". Seja pela mudança no português ou seja pela mudança de cultura de linguagem... hoje em dia, a galera diz q joga PS II, PS III, PSP, XBox e por ai vai...
Enfim, eu jogo pra me distrair e tentar esquecer um pouco dos momentos de sofrimento.
Gostei muito de um jogo chamado "Deus da Guerra". Zerei o segundo e agora cheguei ao final do primeiro...
Tah dificil. Nao consigo matar o tal Ares... o Deus da Guerra. Pq passamos o jogo inteiro usando umas armas mirabolantes, poderes incríveis e no final... dispomos de uma simples espada. Fazer o que neh ?
Mas ontem, quando morri pela enésima vez, olhei catatônico pra TV e lá dizia:
"You Ared Dead" (Você está morto)
"Restart from the last checkpoint ?" (Reiniciar do ultimo "ponto de checagem")
Ai... como deu vontade de ter pontos de checagem espalhados pela vida.
Como no dia em q peguei aquela surra da minha mãinha...
Ou no dia em que dei umas palmadas em minha filha e chorei feito criança...
Ou no dia em que passei a amar tanto...
Ou, talvez, no dia do show do biquini... não desse ano, mas dos anteriores... q não fomos.
Ando por tantos lugares agora q não conhecia antes. Achei a tal da "Boa viagem"... mas ela não tava lah.
Achei dois bares legais, ótimos pra desestressar... ; ).
Todas as vezes, sozinho... ou melhor, acompanhado de amigos. Mas, ela não estava lah.
Me sinto cantando Roberto... quando diz: "Pois sem você meu mundo é diferente... minha alegria é triste...".
Poxa... mas quantas vezes resolvemos sair juntos e voltavamos brigados ? Acho q, de forma inconsciente, ficou uma defesa... do tipo, não saia mais com ela... se não vai dar briga.
Sei lah, acho q foi isso...
E o mais engraçado eh q, cada vez em q vou a um lugar desses, me dah uma vontade imensa de ligar. Ligar, convidar... mas... passou neh. Perdi a hora...
Fico lembrando de quantas vezes deixei passar o convite pq estava chateado...
Talvez tb fossem "Checkpoints" em que eu devesse voltar...
Houve desgaste, de fato. Brigas, idas e vindas... promessas, erros... muitos erros.
Mas, o estranho, eh q o amor não diminuiu. Repeti q o meu amor "já nao era o mesmo" por tantas vezes... de forma covarde. Menti de forma covarde... pq meu amor nunca diminuiu, e por isso tinha tanto medo a cada novo dia.
Como poderia diminuir, se depois de 2000km, sol, chuva, calor... a única coisa no q eu pensava era em encontrá-la.
Como poderia diminuir se quando estive triste foi em seu ombro que jorrei lágrimas feito criança...
Como poderia, se quando o Bruno Gouveia cantou "Impossível", "Quanto tempo demora um mês"... me escondi pra chorar longe dos olhos alheios...
Eh, eu sei. É mesmo complicado eu sair tanto agora e não ter saído quando estava com vc.
Mas preciso sair. Pq não consigo ficar em casa e assistir um monte de filmes durante um domingo inteiro... E nem ir ao cinema, pegar uma sessão cedo, tomar sorvete... aff...
Vou tentar zerar Deus da Guerra de novo. E tentar não morrer dessa vez...
Mas vou continuar desejando ter "Checkpoints" na vida pra onde eu possa voltar...

A tristeza é feia e quer casar [Silmara Franco]

Está no dicionário: Tristeza: [Do lat. tristitia.] S.f. 1. Qualidade ou estado de triste. 2. Falta de alegria. 3. Pena, desalento, consterna...