Sim, Mary, estes dois dias que estivemos juntos foram magníficos. Quando falamos sobre o passado, sempre tornamos mais real o presente e o futuro. Por muitos anos, tive pavor de lembrar das coisas que vivi — um medo causado pela falta de objetividade e franqueza comigo mesmo.
Como seria bom se eu tivesse a coragem de abrir meu coração, e falar de Dor. Eu sempre sofri em silêncio, — e o silêncio nos faz sofrer mais profundamente.
Mesmo assim, é muito mais confortável para as pessoas não falar; costumamos nos confundir quando tentamos organizar nosso pensamento. Apenas quando estou com você, isto não acontece: as conversas nos aproximam, apagando tudo aquilo de ruim que ficou esquecido num canto empoeirado de nosso inconsciente.
O único silêncio que experimentamos juntos é aquele que nos faz compreender tudo. Os outros silêncios são cruéis e desumanos.
Que Deus a abençoe, minha amada Mary. Que Deus nos mantenha juntos.
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