terça-feira, 14 de dezembro de 2010

2 de outubro de 1923

[Mary Haskell recebe o primeiro exemplar de “O Profeta”. Embora já tenha analisado, durante sua longa correspondência, vários trabalhos de Kahlil Gibran, sua analise foi sempre carinhosa mas contida. Desta vez, porém, ela se exprime de maneira profética]:

“Meu amado Kahlil, bendito seja, bendito seja, por ter dito tudo isto, e por ser um trabalhador capaz de dar à vida interior uma manifestação visível. Bendito por ter a energia e a paciência do fogo, do ar, da água, e da rocha.
Este livro será um tesouro da literatura. Quando nossa alma estiver escura, nós o abriremos, para de novo encontrar o Céu e a Terra dentro de nós mesmos. Ele resistirá a muitas gerações, que continuarão encontrando em suas páginas o que necessitam ouvir, e será cada vez mais amado, a medida que os homens entendam melhor a si mesmos.
Isto só aconteceu porque aquele que o escreveu é um grande amante (da vida). Você sabe Kahlil, que uma árvore pode morrer atingida por um raio, ou caindo numa floresta. No seu caso, o raio irá trazer vida, e se multiplicará no calor daqueles que o amarão no futuro.
Muitos o amarão no futuro. Mesmo depois que seu corpo esteja transformado em pó, eles o encontrarão neste seu trabalho. Porque Deus está também visível nestas páginas.
Com o amor de Mary.”

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