Celular novo. Resultado de uma troca depois de um desejo a ser atendido...
Me senti bem com isso... afinal, não fazia questão de ter o que tinha. E ainda sou apaixonado por aquele sorriso imenso de satisfação que se esboça no rosto dela.
Parece criança com brinquedo novo. Explora, brinca, descobre... rrss. Muito lindo de se ver.
Troquei e não me deu nenhum pouquinho de arrependimento...
No entanto, você trocar algo tão pessoal quanto um aparelho celular, pode trazer resultados catastróficos...
Eu não estava atrás de nada. Só queria ver os recursos e me ambientar...
Mas ai, la estavam umas mensagens na saída e um rascunho... todas elas recheadas de manifestações de carinho e amor.
É, pode não parecer, mas minhas mãos tremeram quando escrevi essas últimas linhas... me deu um calafrio, uma sensação de profunda tristeza. A sensação de que o chão se abriu debaixo dos meus pés.
Fiquei meio suspenso ou pendurado na minha angustia por um tempo... mas, preciso me recompor... ou decompor, tanto faz...
O que mais posso esperar de alguém que estava abandonada pelo homem que amava ?
Abandonada, sozinha e resistente. Tinha que acabar nisso, se reerguer e tentar seguir em frente. Dar novos passos e ao lado de um novo amor...
Dói. E não é uma dor de traição... nada disso. Nem sei dizer se essa dor é maior ou menor do que uma dor de traição... não faço idéia.
Mas, é a dor da perda total. Perdi porque deixei ir... porque fui covarde e não tive coragem de enfrentar meus medos. Perdi uma guerra em que lutava contra mim... mas, no fim, o Eu da covardia ganhou e o Eu da dignidade, amor e esperança perdeu. E, quando o Eu da covardia ganhou, me deixou pra trás e abriu lugar para o amor e companhia...
Agora, em terreno devastado, coração desgastado e destruído... juntando as sobras dos bons momentos que vivi, o amor tenta suplicar por uma chance de luz...
Não há mais chance. Não há mais luz... restam apenas sombras do que um dia foi iluminado...
É hora de desistir ? Ironicamente, essa nunca se torna uma opção. Talvez o meu Eu da covardia tenha levado a desistencia consigo... quem sabe ?
Ou, talvez o amor se traduza na eterna esperança. Não sei... sinceramente, já não faço a menor idéia.
Mas, eu não consigo mais ir. Ir não parece apenas difícil, parece impossível. Ir é matar o que restou de bom da guerra que travei dentro de mim... é viver sem querer estar vivo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário