Eu queria conversar para dizer muitas coisas que eu só diria para alguém como você; coisas que fui reunindo nos tantos dias que conversávamos e que eu não dizia absolutamente nada, só ouvia. Foram dias preciosos esses; aprendi muito de você ouvindo sua história...geralmente sobre trabalho. A tua vida é muito isso: trabalho.
Para quem mais eu poderia dizer que estou cansada disso tudo. Dessa minha vida calma, serena, amistosa, compassiva. Eu quero mais, muito mais. Mas parece que não sei exatamente onde buscar, nem como buscar. Eu não sei viver a vida que quero. Nem mesmo sei como começar, não sei como se vive essa vida nova e por isso vou afundando ainda mais nessa vida que já levo.
Casamento? Vai bem, obrigada. Mas segue sem grandes emoções e eu não posso, não tenho essa compassividade de alma. Preciso de um estremecimento, um frenesi, um arrebatamento qualquer. Talvez eu seja com casamento como sou com a maioria das coisas: eu gosto de começar. Adoro o começo de tudo, tudo mesmo. O que eu não tolero é a continuação.
Acho que nasci pra começar coisas; adoro, mas vou deixando tudo pelo caminho. Foi assim com a faculdade, trabalho, casamento, filhos. Eu durmo com um sonho e acordo com outro; Falo de uma coisa como se aquilo fosse a grande paixão da minha vida e no momento seguinte descubro que não é bem aquilo o que eu gostaria de fazer, pelo menos não mais...a vontade passa, sabe?
Nenhum comentário:
Postar um comentário